Um escritor americano disse, em um
dos seus livros, que apenas duas coisas movem o ser humano: o amor e a dor. Com
o passar dos anos, acabo concordando com as palavras de Anthony Robbins. A
enfermagem, uma categoria fragmentada em funções que se complementam
(auxiliares, técnicos e enfermeiros) se uniu neste final de semana pela dor.
A brutalidade com que uma técnica de enfermagem foi agredida fisicamente e, após, teve seu corpo incendiado, é monstruosa. Some-se a isto o fato que ela sofreu essa agressão no trajeto em que deslocava de um trabalho para o outro. Toca ainda mais. Ela trabalha com os extremos, com pessoas fragilizadas, em risco. E quem a conheceu em atividade sabe o quanto é dedicada à profissão. O quanto ama cuidar. Cuidar do próximo. Mas um monstro pode ter colocado fim a uma carreira, a uma vida.
Enquanto colegas estavam em estado de choque com que havia acontecido às 13h, chega a notícia da morte de uma enfermeira. Mais uma vez no trajeto do trabalho. Mais um caso no qual as vítimas não tiveram direito à defesa.
Um final de semana triste, talvez o mais triste já vivido na nossa região para a enfermagem. Colegas, famílias e amigos choraram. Um final de semana de reflexão. Será que vale a pena, devido aos maus salários, ao descaso dos empregadores e à omissão dos sindicatos, se obrigar a uma dupla jornada de trabalho? Ao afastamento da família?
E, para surpresa geral, principalmente daqueles que não vivem a enfermagem, nos pegamos felizes, após a reflexão. Nós, profissionais da enfermagem, podemos nos doar. Ajudar. Cuidar. Mesmo que recebamos de R$ 12,00 a R$ 20,00 por hora de trabalho, enquanto outras categorias recebem no mínimo R$ 50,00. Mesmo que a nossa luta pela jornada de 30 horas semanais não seja ouvida, enquanto outros já trabalham apenas 20 horas por semana. Com tudo isso ou melhor, apesar disso tudo, somos felizes por fazer parte da enfermagem.
A categoria está triste pela perda e o sofrimento das colegas. Chora - e muito. Mas, como sempre, você leitor pode ter certeza: mesmo com coração partido, olhos inchados de chorar e/ou de não dormir, corpo e mente cansados, a mão estará estendida, os ouvidos abertos e os braços prontos para lhe abraçar. O sorriso característico dos profissionais de enfermagem vai permanecer no dia a dia dos serviços de saúde. O motivo? Fazer parte da enfermagem é mais do que escolher uma profissão. É acatar uma vocação. Após ler, faça uma oração e coloque toda a categoria de enfermagem na sua prece. E a partir de agora, responda ao sorriso da enfermagem com um sorriso também!
A brutalidade com que uma técnica de enfermagem foi agredida fisicamente e, após, teve seu corpo incendiado, é monstruosa. Some-se a isto o fato que ela sofreu essa agressão no trajeto em que deslocava de um trabalho para o outro. Toca ainda mais. Ela trabalha com os extremos, com pessoas fragilizadas, em risco. E quem a conheceu em atividade sabe o quanto é dedicada à profissão. O quanto ama cuidar. Cuidar do próximo. Mas um monstro pode ter colocado fim a uma carreira, a uma vida.
Enquanto colegas estavam em estado de choque com que havia acontecido às 13h, chega a notícia da morte de uma enfermeira. Mais uma vez no trajeto do trabalho. Mais um caso no qual as vítimas não tiveram direito à defesa.
Um final de semana triste, talvez o mais triste já vivido na nossa região para a enfermagem. Colegas, famílias e amigos choraram. Um final de semana de reflexão. Será que vale a pena, devido aos maus salários, ao descaso dos empregadores e à omissão dos sindicatos, se obrigar a uma dupla jornada de trabalho? Ao afastamento da família?
E, para surpresa geral, principalmente daqueles que não vivem a enfermagem, nos pegamos felizes, após a reflexão. Nós, profissionais da enfermagem, podemos nos doar. Ajudar. Cuidar. Mesmo que recebamos de R$ 12,00 a R$ 20,00 por hora de trabalho, enquanto outras categorias recebem no mínimo R$ 50,00. Mesmo que a nossa luta pela jornada de 30 horas semanais não seja ouvida, enquanto outros já trabalham apenas 20 horas por semana. Com tudo isso ou melhor, apesar disso tudo, somos felizes por fazer parte da enfermagem.
A categoria está triste pela perda e o sofrimento das colegas. Chora - e muito. Mas, como sempre, você leitor pode ter certeza: mesmo com coração partido, olhos inchados de chorar e/ou de não dormir, corpo e mente cansados, a mão estará estendida, os ouvidos abertos e os braços prontos para lhe abraçar. O sorriso característico dos profissionais de enfermagem vai permanecer no dia a dia dos serviços de saúde. O motivo? Fazer parte da enfermagem é mais do que escolher uma profissão. É acatar uma vocação. Após ler, faça uma oração e coloque toda a categoria de enfermagem na sua prece. E a partir de agora, responda ao sorriso da enfermagem com um sorriso também!
Matéria veiculada no Diário Popular
Por: Jaques Vagner Soares Boeno, técnico de Enfermagem e enfermeiro, jaquesboeno@ig.com.br